quinta-feira, 22 de novembro de 2018

ESPELHAMENTO EM PNL

A gentileza é um hábito social. A finesse, palavrinha de origem francesa, abre oportunidades sem limites. A gentileza e a finesse abrem corações de ferro. Custa muito? 

Uma entrevista ou uma conversa informal tem por meta alcançar entendimentos e até amizades consistentes. Seja lá com quem for. Em qualquer lugar e em qualquer oportunidade, sem exceção. De que maneira? 

Uma das iniciativas de Richard Bandler e John Grinder, ao sistematizar o formato da modelagem na PNL (Programação Neurolinguística), foi pesquisar as melhores maneiras de se obter sucesso nas relações interpessoais. A observação dos procedimentos de pessoas que obtinham melhores resultados nesse campo resultou na criação das técnicas de calibração e, principalmente, de espelhamento. 

A técnica do espelhamento consiste em manter atitude semelhante ao interlocutor. Pode parecer fácil ou simples, mas há cuidados e detalhes a serem observados. Antes de tudo, há que ser um observador com acuidade perceptiva bem focada. Ter focada a observação visual, auditiva e cinestésica. Sem perder nada.


No campo visual, deve-se acompanhar as feições do rosto do entrevistado, suas emoções, seu modo de olhar, até o modo de respirar. Acompanhar o seu respirar, no mesmo ritmo. Difícil? Depende de a pessoa estiver atenta e mesmo em transe hipnótico leve. Isso mesmo. Em qualquer entrevista ou mesmo conversa entre amigos ou familiares, um transe hipnótico leve ocorre sem se pressentir. Se não ocorrer, o fracasso é imediato. Assim, cumpre manter as mesmas maneiras de comportar que o seu entrevistado. Tudo isso sem que ele perceba que está sendo imitado ou espelhado. Se olhar o relógio, mesmo discretamente, quebra-se o rapport. Não deve nem desviar o olhar para qualquer coisa. 

No campo auditivo é importante ouvir tudo que o entrevistado falar. Entender e concordar. Nada de contestar ou discordar. A contestação ou discordância de qualquer ponto de vista é fatal. Quem está sendo entrevistado tem o direito de dizer o que pensa em toda a sua plenitude. Ele tem a palavra e para isso está sendo entrevistado e ouvido. O tom de voz deve ser acompanhado. A característica da voz e da gramática deve ser privilegiada. Isso mesmo. Se ele pronunciar uma palavra de modo inadequado, acompanhe-o. Se ele pronunciar “adevogado”, por exemplo, use assim esse vocábulo quando tiver oportunidade. Acompanhe-o nos vícios de linguagem e mesmo num leve sotaque nos “esses e erres, s e r”. De leve, com sutileza, para que ele não perceba. (A confiança e participação vêm nas pessoas que se parecem conosco.) 

Na cinestesia há o cuidado de manter a mesma postura física, o mesmo movimento com as mãos, a mesma movimentação geral. Há pessoas de pouco movimento, outras mais agitadas. Qualquer que seja, tem sua característica revelada. Acompanhe-a.


Em conclusão: seja entrevistado ou entrevistador, o espelhamento vai ajudar a encontrar um entendimento. Numa conversa informal, familiar, os papéis se misturam e cada um, pode procurar espelhar o outro, alcançando-se pleno entendimento, em harmonia e gentileza. 

Observação: a técnica do espelhamento, em princípio, facilita e favorece o entendimento entre pessoas. É também um recurso que pode ser utilizado para obter o consentimento e aceitação de ideias ou preceitos. Nos negócios ou transações comerciais chegam-se a bons resultados. Os políticos são um exemplo de praticantes.



Referências 
Apostilas do curso de Master em PNL do professor Walter di Biasi 
Zeig, Joffrey K. Seminários didáticos com Milton H. Erickson. Livraria, editora, promotora de eventos. Campinas SP, 1995 
Debates e discussões pertinentes a espelhamento 
 


quinta-feira, 15 de novembro de 2018

RESSIGNIFICANDO

Os seres humanos são submetidos a situações complicadas a cada dia e a válvula de escape é mesmo reinterpretar a realidade para o bem de sua saúde mental. 

Ressignifcando, em PNL (Programação Neurolinguística), é, em princípio, uma técnica que estuda o fato de uma pessoa interpretar acontecimentos por uma ótica que lhe convém. Faz a sua terapia e navega sobre consequências que lhe parecem mais adequadas. 
Esta reinterpretação de fatos está aberta para todos. Por isso, saber utilizar essa técnica pode abrir novos caminhos para o ajustamento pessoal. 
O que precede esse estudo vem do “aliquid pro aliquod” – isto por aquilo. Uma coisa pela outra. Quando uma pessoa diz que pagou um milhão em imposto de renda significa que ela está ganhando muito dinheiro nas suas atividades profissionais. Isto significa ou isto quer dizer. Uma reinterpretação. Não é só isso, assim tão simples. Muitos fatos agravantes para uma pessoa podem ser lidos por ele de forma diferente. Os presídios estão cheios de inocentes. 
Nem tudo está perdido. Há situações mais brandas em que as pessoas, na procura de justificativas, encontram um caminho mais suave para se salvar da condenação pessoal. Mesmo sem muito esforço, pode encontrar apoio para um novo itinerário, para sua reestruturação e para alcançar mudanças nos rumos de sua vida. E seguir em frente, com sucesso.
Cita-se uma fábula de um camponês, muito simples, que tinha um só cavalo e com ele arava a terra para o cultivo e, assim, conseguia a sua subsistência. Num dia, vieram lhe dizer que o cavalo tinha fugido. O camponês respondeu: “sim!” Passados alguns dias, vieram lhe contar que o seu cavalo tinha voltado e que trouxera com ele alguns cavalos selvagens. A isso, o camponês disse: “sim”. Dias depois, o seu filho cai do cavalo o quebra a perna. A isso, o camponês disse: “sim”. Logo depois, chegaram militares, recrutando jovens para a guerra, e encontraram o jovem com a perna quebrada e, por isso, foi dispensado. Novamente, o camponês disse: “sim!”. Houve constante reversão da expectativa, uma outra visão quanto aos fatos. 


Há pessoas que assistiram ao filme italiano, “ A vida é bela”, estrelado e dirigido por Roberto Benigni. O filme traz modelos dessa técnica, “Ressignificando”, em várias cenas contundentes no seu desenrolar. É um filme que trata de um judeu, Guido, e seu filho, Giosuè, em 1939, presos, em pleno período de guerra, na Itália. Guido e o filho vão para um campo de concentração. Guido ressignifica tudo para evitar constrangimento a seu filho, e transforma cada situação em um jogo com o filho e combinaram as regras do jogo. Quem fizer mil gols terá um prêmio: um tanque de guerra. Prêmio que a um simples homem preso seria impossível alcançar. As infelicidades diárias fazem parte do jogo. E brincam com a vida e a morte, transformando cenas dramáticas em situações próprias das regras do jogo. E vivem ressignificando. No final, em cena dramática, de iminente perigo, Giosuè se esconde, como numa estratégia do jogo, e é resgatado por um batalhão americano que o salva e o transporta, vitorioso, vitorioso sim, num enorme tanque de guerra, como seria um troféu do jogo imaginado. Muitas cenas do filme são exemplos vivos de ressignifiação, num claro modelo de modificação da realidade em função de outra interpretação dos acontecimentos. Autoterapia disponível para uso diário. 
Ressignificando, mudam-se as condições adversas da vida, com outra percepção e com outra perspectiva para mudar os rumos e as metas a atingir. Acreditar que tudo tem fases e facetas alternadas, formas e figuras matizadas e que cada pessoa tem régua e compasso para medir, avaliar e propor enfrentamentos e, sobretudo, que nada é impossível, quando se quer. Assim já o disse Jimmy Cliff: “You can get it, if you really want”. Não acreditar em fantasmas! Tudo tem jeito. Eis a maior força positiva dessa técnica, Ressignificando. 
Os seres humanos são submetidos a situações complicadas a cada dia e a válvula de escape é mesmo reinterpretar a realidade para o bem de sua saúde mental. Há pessoas que transformam situações mais delicadas do decorrer da vida afetiva ou profissional, em abrandamento ou em eufemismos até mesmo fora do contexto. Uma irregularidade administrativa pode ser transformada em perseguição política, segundo a ressignificação que achar mais conveniente para si. O convencimento interior torna-se uma forma de terapia. Solidifica, confirma e convence. 




Referências
Apostilas do curso de Master em PNL do professor Walter di Biasi. 
Interpretações referentes ao tema Ressignificando, em discussões e debates de participantes. 




quinta-feira, 8 de novembro de 2018

HACKER OU CRACKER – OS ANTI-HERÓIS


Da ficção à realidade: Chegou o sexto poder?
Fim da privacidade. Sorria, você está sendo filmado!


É um indivíduo que se dedica, com intensidade incomum, a conhecer e modificar os aspectos mais internos de dispositivos, programas, e redes de computadores. Com esses conhecimentos, um hacker, frequentemente, consegue obter soluções e efeitos extraordinários. 

Podem mesmo se encaixar no estereótipo de “nerd” ou “geek”. Suas motivações são muito variadas, incluindo curiosidade, necessidade profissional, vaidade, espírito competitivo, patriotismo, ativismo ou mesmo crime. 

Os hackers que usam seu conhecimento para fins ilegais ou prejudiciais são chamados crackers. Os crackers são pessoas aficionadas por informática que utilizam seu grande conhecimento na área para quebrar códigos de segurança, senhas de acesso a redes e códigos de programas com fins criminosos. Em alguns casos, o termo “Pirata Virtual” é usado como sinônimo para cracker. 

E quanto custa um hacker? Bons salários das grandes empresas. O mercado de trabalho está se abrindo muito rapidamente para esses profissionais, a fim de se protegerem de atos ilegais e de invasão de privacidade pessoal e profissional, principalmente no campo financeiro. 

A sociedade internacional está acordando. A privacidade pessoal também está indo para o brejo. Madame Bovary, o romance dos romances, escrito pelo francês, Gustave Flaubert, voltou à moda. Madame burguesa virou o quê? Nas alcovas dos motéis há câmeras e olho vivo. E “sorriam, que a senhora e o senhor estão sendo filmados”! Em qualquer lugar que forem ou ficarem. 

Os grandes aglomerados colocam catracas nas entradas dos prédios e edifícios residenciais, câmeras para controle, portarias informatizadas, mas nada disso supera a ação dos hackers, que têm “olheiros” que mandam fotos imediatas e documentação completa do que interessar possa. São remunerados por esse fino trabalho. 

Os pecados mortais são analisados não mais por São Pedro. Ficam com os olheiros que distribuem fotos e informações a preço de ouro. A beleza da foto não é o fundamental. Vale quanto representa em posição social ou econômica. 

Há uma crença de que um hacker mata o outro. Um hacker mata o outro? Prendem-se dois hackers numa jaula. No dia seguinte a jaula está vazia. Que aconteceu? A interpretação é inevitável: um matou um e o outro matou o outro. Antropofagia? Saem abraçados e invisíveis. Onde você pensa que vai ou que foi? Seus passos estão marcados na poeira do espaço. Nada escapa. Seus gestos, seu sorriso, seu suspiro, seu perfume.

Mas, da mesma forma que essas tecnologias trazem inovação e valor ao negócio, carregam riscos, apresentados no Controle Absoluto. São algorítimos criados para escolher e decidir  por você.  Há olheiros em todos os guetos, nas ruas, portarias, clubes e até nas festinhas de aniversários de crianças. Estações, agrupamentos de qualquer natureza. Nas sacristias das igrejas, nas salas de aulas, nos consultórios médicos, nas padarias, nos supermercados, nas farmácias. Onde estiver haverá um olho biônico em suas costas, te seguindo como uma sombra invisível. Nos tribunais, o bicho pega. Não adianta dizer que não sabia, porque, mesmo no vento, a imagem não apaga. Quer mais? Acredita? Não adianta vestir o casaco de invisibilidade porque ele mesmo faz a denúncia. 


O próximo ataque pode acontecer em minutos, e não será um filme de ficção. Os usuários são móveis. 




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