domingo, 22 de julho de 2018

O LIVRO IMPRESSO


Desde Gutemberg (1398 – 1468), que lançou a prensa àquele mundo moderno, os livros tornaram-se os veículos transportadores de conhecimentos e de informações, através dos tempos. Tanto a humanidade se transformou desde essa época! Mas, esse próprio instrumento vem sendo ameaçado de morte. 

A prensa de Gutemberg, na época, poderia ser comparada com uma impressora a laser de última geração, disse-o Bill Gates, (1955). Por meio dela, o conhecimento e a tecnologia vieram se acumulando e arquivando informações capazes de chegar a modelos que revolucionariam a própria humanidade. Fatalidade – neste século 21, o livro descobriu que está em fase de perda de poder e em fase de transformação.  
O desenvolvimento da tecnologia de informação e comunicação (TIC´s) tomou conta de todo processo. O que é mais acintoso é a suplantação, em técnica de guerra, sem nenhum preceito de condescendência ou de piedade. A tecnologia nem pede licença. Arrasa, destrói, pede passagem e ainda se vangloria. Hoje, o texto integral de um livro pode estar contido num pequeno pendrive, menor do que uma caixa de palitos. Um livro inteiro? Não só um livro. Uma livraria ou uma biblioteca. Pode ser enfiado num simples notebook, que pode ser carregado debaixo do braço, transporta uma biblioteca, para onde quiser. Ou, até mesmo, com seu pequeno smartphone. E tudo isso não é mais novidade nenhuma. Dessa forma, um leitor pode ler Tolstoi completo enquanto passeia de barco no Pantanal.  Além disso, um empresário pode estar administrando sua empresa ou investindo em ações da bolsa de qualquer parte do mundo, mesmo estando dentro de um barco, pescando nesse mesmo Pantanal brasileiro ou caçando leões na África. 
Para que carregar um livro apenas? 
E para onde irão as famosas enciclopédias? Para o museu, possivelmente, e a nova ganhou espaço, transformou-se na Wikipedia, ganhou espaço. E as bibliotecas? Para ambientes adaptados a outras atividades, ainda não definidas, ou virou o Google? E bibliotecários? Desempregados ou aposentados. A salvação pode vir pela transformação em novos modelos de uso e de aproveitamento. 
Estima-se que, em breve, o incalculável acervo cultural da humanidade pode caber num num simples chip, e ainda sobrar espaço.  E como acessar? Um simples toque de dedo. 
Os livros podem chorar, mas os leitores assistem a tudo e aplaudem. Triste destino nesse final de vida. Como reagir? 
E como ficam os leitores? Eles estão encontrando tantos formatos, com abrangência pode se dizer infinita, que não vão ter mais tempo para tudo. Os leitores hoje são dominados pela avidez. Querem tudo e rápido. Quando não conseguem o que querem em uma fração de segundos, passam para outra forma de procura. A impaciência é uma das características desse novo leitor. 
E quando essa época vai chegar? Já chegou! E continua avançando e mudando a cada dia. O que se faz hoje amanhã será diferente. E o que se aprende hoje não serve para amanhã. Os aparelhos ficam obsoletos de um dia para o outro. Vão para o lixo ou para os museus. 
Memorizar é algo dos séculos anteriores. Hoje, é apenas transformar. Nada é para sempre. Nem para amanhã. E nem existe apego a sua máquina. Vem uma nova e a velha é descartada impiedosamente. As crianças de hoje já nascem apertando botões. Os idosos se escondem com medo dessas máquinas, como se fossem mortíferas. 
A grande tese da humanidade, neste século, é adaptação. Quem não se adapta desaparece, sem dó nem piedade.






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