sexta-feira, 29 de abril de 2016

TAXIONOMIA DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS DE BLOOM (CLASSIFICAÇÃO)

Todo ser humano é um educador, na medida em que passa um conhecimento, uma técnica, um comportamento a outra pessoa.


Pais e mães, quer queiram, quer não, são professores naturais, desde a hora de nascimento do filho ou da filha, em tempo integral, com dedicação exclusiva, e por toda a vida.(Poder afetivo)
Professores de qualquer natureza devem ter em seu arquivo intelectual e profissional as informações sobre a TAXIONOMIA DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS (classificação) de Benjanin S. Bloom. É fruto de um trabalho exaustivo, feito em conjunto de mais de 30 psicopedagogos, durante vários anos. Está em plena aplicação, adaptação e desenvolvimento. Surgiu da necessidade de avaliação da APRENDIZAGEM, numa reunião da Associação Americana de Psicologia, em Boston, no ano de 1948.
Afinal, o que é “aprendizagem”?
Em termos aristotélicos da classificação das espécies, o campo da aprendizagem estava sem caracterização que fosse consensual. Daí o problema surgido, a questão levantada e a impossibilidade de ser resolvida em curto prazo. A pesquisa foi instaurada e, depois em várias experimentações e propostas, levantou-se uma classificação que poderia abrir caminhos para uma definição abrangente e, por isso mesmo, mais consistente, em termos científicos.
Assim, todo ser humano é um professor, na medida em que passa um conhecimento, uma técnica, um comportamento a outra pessoa. São professores naturais da escola da vida.
Pais e mães são os primeiros professores. A criança vem ao mundo sem o tal manual do usuário, como todo equipamento traz. Tem que sobreviver de alguma forma. Os ensinamentos e as atitudes das mães e dos pais permanecem nas pessoas por toda a vida, pelos conceitos, pelos modelos de comportamento, pelas ações, pelos limites e pelas limitações. É o caso do leite materno, cujo vestígio, não desaparece na vida das pessoas, até inconscientemente. Este era um campo da aprendizagem que foi estudado e que trouxe novidades para a educação em geral, dentro do poder AFETIVO.
Fundamentalmente, a educação está restrita às informações intelectualizadas. Ter desenvolvimento intelectual é um princípio básico para se aprender qualquer coisa. Errado!!!
Verificou-se que a aprendizagem é desenvolvida em compartimentos conectados mas, também, em compartimentos específicos. 

Dessa forma, verificaram-se três vertentes da aprendizagem:
  1. O poder COGNITIVO – abrangendo capacidades e habilidades intelectuais;
  2. O poder AFETIVO – abrangendo interesses, atitudes e valores;
  3. O poder PSICOMOTOR – abrangendo habilidades manipulativas e motoras.
Para o ensino e a aprendizagem estes poderes surgem nos seres humanos e fazem as pessoas terem habilidades especiais, que podem ser desenvolvidas com maior ou menor dificuldade.
Então, por essa proposta de Bloom, as pessoas aprendem pela – cabeça, pelo coração e pelas mãos, simbolicamente. Tal a síntese revelada. Aprende-se de modo diferente e consequentemente, deve ter ensino de modo diferente.
Assim, ensinar comportamento, atitudes e valores simplesmente pelo poder intelectual torna-se tarefa mais conflitante. Informa-se tudo sobre os males do tabaco e as pessoas, conhecendo todos esses males, continuam fazendo uso deles.
Ensinar cognitivamente um pedreiro como construir um muro não significa que ele realmente seja capaz de fazê-lo. Andar de bicicleta, nadar, etc. são ensinadas de forma diferente. (Dom Bosco, naquele tempo, foi inquirido sobre como ensinava os meninos a nadar. Ele respondeu: “a técnica eu não sei bem mas, primeiro, eu jogo os meninos na água.”) Somente fazendo e repetindo. Um campeão olímpico executa a mesma tarefa centenas de vezes, buscando melhores resultados.
Nas habilidades intelectuais estão reunidos conhecimentos e capacidades abstratas, pelo desenvolvimento do raciocínio. Isso não o faz um mecânico, nem tão pouco um modelo de caráter, de gentileza, de amor ao próximo.
Cada um desses poderes assume características específicas que podem se associar, conectar umas com as outras. Muito raro entretanto seria encontrar uma pessoa que dispusesse destes três componentes em grau elevado. Geralmente, um deles sobrepõe a outro. Um indivíduo com QI 150 (quociente intelectual) na escala de Binet, poderia não ter capacidade necessária, nem interesse em aprender a trocar lâmpadas. Eis a questão! Eis as diferenças individuais
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