A terceira idade vem agarrada na cauda das ondas violentas
da tecnologia e se arrasta como pode. Dominar é preciso.
Nós é que somos felizes porque vivemos nesses tempos modernos – Virgílio (70 – 19 a.C.)
Entrar nessa carruagem tem um custo muito alto. Tem que pagar em sacrifícios dia e noite. Passar na frente é a meta, mas a rabeira é garantida, mesmo que seja no arrastão. Fazer o quê? Quando acaba de dominar uma técnica, ela já foi superada. É descartada, ou melhor, é jogada fora, esquecida. Há coisas mais novas. Recomeçar agora mesmo. Ainda vai dar tempo? As luzes estão apagando, a musculatura se afrouxa, a vontade definha. Tombar no meio da estrada? E a turba passa. O passado fica na memória. O tempo passou pela tela. Time is gone. Take over!!!
Entrar nessa carruagem tem um custo muito alto. Tem que pagar em sacrifícios dia e noite. Passar na frente é a meta, mas a rabeira é garantida, mesmo que seja no arrastão. Fazer o quê? Quando acaba de dominar uma técnica, ela já foi superada. É descartada, ou melhor, é jogada fora, esquecida. Há coisas mais novas. Recomeçar agora mesmo. Ainda vai dar tempo? As luzes estão apagando, a musculatura se afrouxa, a vontade definha. Tombar no meio da estrada? E a turba passa. O passado fica na memória. O tempo passou pela tela. Time is gone. Take over!!!
Sócrates, na Grécia antiga, e d.Pedro I, no Brasil, viveram em condições semelhantes, nada mudava. Séculos e séculos. A maior velocidade da comunicação era feita com a ajuda do cavalo. Poder escravo. Não tinham água encanada e nem os benefícios da eletricidade. E as condições sanitárias? E a saúde? A alimentação? E o lazer? Mesmo assim, Virgílio, poeta romano da época anterior a Cristo, estava feliz... “nós é que somos felizes porque vivemos nestes tempos modernos.” Nada mudava.
Infelizmente não se pode repetir essa locução, porque sabe-se da precariedade das mágicas da tecnologia que chegam a toda hora. Ela é uma deusa maravilhosamente bela e alvissareira, mas é também uma deusa sádica, impetuosa, ousada e impertinente. É adorada, venerada, inconsequente veloz e, sobretudo, temida.
A humanidade vivia tranquila, até quando o alemão, Gutemberg, (1398 – 1469) em 1439, botou uma prensa nas mãos do povo. Editou uma Bíblia. Essas bíblias sempre foram manuscritas, copiadas pelos monges. Um monge demorava mais de um ano, trabalhando em tempo integral, para copiar um exemplar. Existiam nessa época por volta de 18 a 20 exemplares, rodando pelo mundo. Com o uso frequente, vinha o desgaste e perdiam-se páginas ou se desgatavam ou se derretiam. Agora, uma Bíblia pode ser impressa sem erros, um curto espaço de tempo. E o povo teve conhecimento completo desse livro sagrado. Para Bill Gates, a prensa de Gutemberg representou, para a época, uma impressora a laser de alta definição. Logo após, o mundo mudou, ainda mais, com a impressão das enciclopédias. O povo estava agora sabendo de tudo que era preservado aos reis e aos deuses. Daí para frente, tudo foi mudando muito rapidamente.


Aprende-se hoje, descarta-se até hoje mesmo. Como? Não pode ser. Já mudou isso outra vez? Minha máquina está ultrapassada? Paguei uma nota por ela. Quanto ela vale hoje? Nada? Ninguém quer comprar um aparelho ultrapassado. Há coisas novas e melhores no mercado. E cada vez mais baratas. Santo Deus!!! Comprar outra máquina? Reaprender tudo outra vez? Descartar tudo? E os jovens dominadores investem tudo para acompanhar com interesse, essas tantas novidades tecnológicas. Que há de novo? É a grande preocupação das novas gerações. Nada do velho ou do obsoleto. Os jovens aguardam ansiosos as novidades da técnica em suas janelas e querem se incorporar a elas o mais rápido possível.
Eis a questão para os idosos! Ou joga-se tudo fora ou passa-se a ser uma pessoa superada tecnicamente. E os conceitos arraigados? Corta essa, cara!... Isso é do tempo antigo. Ninguém mais acredita em fantasmas, em assombração. E os conceitos de saúde, alimentação, lazer? Tudo mudou. Ou melhor, está mudando. Algumas atividades profissionais desaparecem. Outras surgem e se desenvolvem, crescem a cada dia. O celular é uma mágica que o povo assimilou, e não sobrevive sem ela. Qualquer pessoa é localizada num segundo, onde estiver. E as fotos? E a gravação da voz num apertar de botões. Ninguém mais pode se esconder. Uma pessoa pode estar pescando no Araguaia e jogando na bolsa de valores de New York. Tudo virou brincadeira.
Troisième âge – Na França planejaram uma atividade didática para as pessoas idosas, com essa denominação. E essa denominação, TERCEIRA IDADE, colou para designar pessoas com mais de 65 anos de idade. Depois, surgiram eufemismos, abrandamento de termos: melhor idade, feliz idade, etc.
A terceira idade, fruto da própria ação das tecnologias, pelo aumento da qualidade de vida, pela sobrevivência, pela longevidade, tenta agrupar-se, ajustar-se, sobreviver dentro das mudanças que surgem a cada dia. As pessoas idosas desejam aprender uma técnica e sobreviver com ela para sempre.
E a população brasileira da terceira idade vem subindo no cenário demográfico. Segundo IBGE, relatório de 2010, é de 7,4% da população. Em 1991, era de 4,8%. Passou para 5,9% em 2000. No ano de 2010 eram, pois, 14.8 milhões de pessoas. E o perfil dessas pessoas mudou rapidamente, com o uso de telefones celulares, computadores, notebooks, smartphones, tablets e a própria internet. Tais mudanças não se deram por vontade própria, mas impulsionadas pela necessidade de aceitar a invasão tecnológica. Ou adaptar ou ficar alijado da vida em sociedade. Claro está que não concorrem com a turma jovem ou com as crianças que nascem apertando botões.

Cumpre a essa mesma tecnologia valorizar e aproveitar as experiências humanas que ela mesma produziu. Valorizar postos de trabalho para idosos. Essa população não pode ser alijada do mercado de trabalho e ficar no mundo apenas “cumprindo tabela.” A previsão é de que, em 2040, essa população possa atingir a 15,4% da humanidade. Que fazer?
"A tecnologia avança, mas há muita coisa que a tecnologia não substitui. Um mínimo exemplo, a arte de bater um prego. Pouco tempo atrás, quase todo mundo sabia fincar prego numa tábua. Hoje, dão prêmio nos programas de auditório para quem acertar uma martelada. Como é que fica o mundo desse jeito?"
ResponderExcluirtecnologia avança e cansan hj novo, amanhã obsoleto
ResponderExcluiresta tal tecnologia é dificl demais pra mim. todo dia uma coisa nova quando penso que aprendi ja não sei mais nada
ResponderExcluirhj os vovôs e vovós ja viciaram no zap. coitado deles se não fossem os netinhos pra ajudar. minha avó pergunta a mesma coisa a toda hora.♣♥♥♥♥♥♥○○○
ResponderExcluirvdd parcero. meu vovô vive plugado no celular toda hora chama um pra ajudar ele. gosta de receber video porno.kkkkk
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