terça-feira, 16 de julho de 2013

O SUCESSO NA COMUNICAÇÂO INTERPESSOAL – SEMIÓTICA V


As palavras que as pessoas escolhem moldam o seu destino. Sem conhecer a força das palavras é impossível reconhecer as pessoas.

As verdades são muitas. Cada um tem a sua. As palavras expressam verdades e constroem o intercâmbio constante de ideias, princípios e valores. Conversar é preciso. O respeito às verdades de cada um, também é preciso. Assim, cada pessoa pode obter mais resultado nas suas convicções, garantindo e confirmando amizades e respeito. Não existem leis para isso, mas recomendações não fazem mal a ninguém.
ENTUSIASMO – Os gregos chamam o entusiasmo como o “deus interior”. Ele é responsável pelo êxito de qualquer atividade e torna-se capaz de superar todas as adversidades.
O entusiasmo é uma espécie de combustível da expressão verbal.
Garante o sucesso de muitas pessoas que, possuindo atributos apenas razoáveis para a arte de comunicar, compensam suas fraquezas pela determinação animadora que emerge do seu interior, sempre contagiando a todos, pela força com que defendem as suas ideias.
É preciso apresentar cada mensagem como se estivesse carregando uma bandeira no campo de batalha. Vibrar a cada afirmação, envolver-se.
SÍNTESE – Dizer tudo que for preciso, somente o que for preciso, nada mais do que for preciso. É uma tarefa difícil que precisa ser perseguida com obstinação. A prolixidade é um fator de desgaste. A repetição é enfadonha e revela falta de recursos intelectuais. Perceber o bom retorno das suas mensagens para não exceder no reforço das argumentações. Muitas vezes é preciso tocar a campainha interna para alertar que chegou  o momento de parar.
RITMO – O ritmo é a musicalidade da fala e a colocação mais ou menos das vogais, a pronúncia correta das palavras, a acentuação, a alternância da altura da voz, a velocidade da articulação. É preciso aperfeiçoar o ritmo da fala dentro do estilo de cada um, aproveitando a energia, o timbre, a sonoridade da voz. Ninguém deve copiar ninguém, mas uma boa locução deve ser assimilada como modelo, para adaptação do seu próprio ritmo.
O conjunto harmonioso da pronúncia das palavras provoca reações imediatas. O ritmo faz parte do estudo da voz. Assim, a voz determina a própria personalidade de quem fala – alegre, triste, nervosa, apressada, segura, tímida, etc. A primeira impressão destes comportamentos é transmitida pela voz. O aparelho fonador, embora exista para fabricação da fala, é uma adaptação do organismo e qualquer alteração de ordem física ou emocional será revelada pela voz. Para que a voz adquira a qualidade desejada é preciso respirar adequadamente.
Pode existir falta de sincronismo fonorrespiratório que vem a prejudicar sensivelmente a fabricação da voz. Algumas pessoas falam quando ainda estão inspirando ou continuam a falar quando o ar já terminou.
A DICÇÃO -  Quanto à dicção, que é a pronúncia dos sons das palavras, nota-se que a sua deficiência é quase sempre provocadora de  problemas de negligência ou de fatores sócio-culturais. É costume quase generalizado de omitir o “r” e o “s” nos finais das palavras, como por exemplo: “levá”, “trazê”,  em vez de “levar” e “trazer”, assim como “fizemo” no lugar de “fizemos” e no plural dos adjetivos ou substantivos, como “as lagoa”, “os pato”. Além de não flexionar adequadamente os verbos: “os home chegaro”. Omite-se comumente o “i” intermediário, como “intero”, “janero”, no lugar de “inteiro”  e “janeiro”. Há outros erros de dicção provocados por regionalismos, como a troca do “l” pelo “u”, como “Brasiu”, “carnavau” e “r”, como “Cráudio”. Além disso, o regionalismo influencia fortemente a pronúncia do “r” intermediário, como “forte”, “tarde”. Essas alterações incorretas de pronúncia caracterizam geralmente a origem social e regional da pessoa que fala. Cada povo com a sua língua.
EXPRESSIVIDADE – Além desses aspectos é bom alertar para a expressividade dedicada às palavras dentro da frase. Cada palavra possui uma ou mais sílabas mais importante e que podem ser ressaltadas, sendo pronunciadas com mais destaque, segundo interesse pessoal. A mensagem pode adquirir outra conotação. Surge a ênfase em palavras cujo interesse deve ser valorizado. Exemplos:
- Ontem, eu fui à escola de automóvel com meu irmão.      
1ª. ONTEM, eu fui à escola de automóvel com meu irmão.
2ª. Ontem, eu fui À ESCOLA de automóvel com meu irmão.
3ª. Ontem, eu fui à escola DE AUTOMÓVEL com meu irmão.
4ª. Ontem, eu fui à escola de automóvel COM MEU IRMÃO.

VOCABULÁRIO – O vocabulário corporifica e traduz as idéias. Pode ser deficiente e não conseguir transmitir o pensamento corretamente ou, talvez, não encontre as palavras adequadas. O vocabulário deve ser o mais vasto possível, embora melhor do que se ter um vocabulário riquíssimo é saber usar o vocabulário que se tem. O vocabulário ideal não é riquíssimo, sofisticado, como se tivesse sido pesquisado nas profundezas do dicionário e, muito menos, pobre e vulgar. O vocabulário rico é útil para se compreender tudo aquilo que as pessoas falam ou escrevem, mas, nem sempre deve ser usado na expressão verbal, pois as pessoas não estão interessadas em palavras difíceis.
Como é que as pessoas poderiam ficar concentradas na mensagem se tiverem de preocupar com o significado de cada uma das palavras?

EXPRESSÕES EVITÁVEIS – Algumas expressões de uso comum podem ser evitadas na conversação em família ou entre amigos. Há expressões não recomendáveis, para as discordâncias normais que podem surgir. Trata-se da 

DISCORDÂNCIA FRONTAL -  Em princípio, uma discordância pode surgir a qualquer momento de uma conversa, mas não há necessidade de ser rechaçada com veemência imediata. Estas expressões podem ser evitadas socialmente: “discordo”, “discordo totalmente”, “sou contrário”, “você está errado”, “você está por fora”, “você está desatualizado”, “não”.
Mesmo que haja discordâncias, existem outros ângulos de visão para os mesmos fatos, ou para a mesma questão. Existem também outras expressões menos agressivas para demonstrar pontos de vista divergentes. Concordar com tudo também é difícil, pois as verdades são muitas e cada um tem a sua. A polêmica reforça as teses. Salve-se quem puder. As palavras são usadas para rir ou para chorar. Para ferir ou para curar. Para trazer esperança ou para trazer desolação.

Qualquer tolo pode fazer a sua regra de vida e se guiar por ela!

3 comentários:

  1. passei a noite toda lendo seus trabalhos, gostei muito, deixa tudo claro de simples a entender

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  2. Seus comentários são excelentes.. fiquei a madrugada pesquisando lendo seus vasto trabalho de 7 partes. Ajudou bastante para concluir minhas escritas.

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