As palavras que as
pessoas escolhem moldam o seu destino. Sem conhecer a força das palavras é
impossível reconhecer as pessoas.
As
verdades são muitas. Cada um tem a sua. As palavras expressam verdades e
constroem o intercâmbio constante de ideias, princípios e valores. Conversar é
preciso. O respeito às verdades de cada um, também é preciso. Assim, cada
pessoa pode obter mais resultado nas suas convicções, garantindo e confirmando
amizades e respeito. Não existem leis para isso, mas recomendações não fazem
mal a ninguém.
ENTUSIASMO
– Os gregos chamam o entusiasmo como o “deus interior”. Ele é responsável pelo
êxito de qualquer atividade e torna-se capaz de superar todas as adversidades.
O
entusiasmo é uma espécie de combustível da expressão verbal.
Garante
o sucesso de muitas pessoas que, possuindo atributos apenas razoáveis para a
arte de comunicar, compensam suas fraquezas pela determinação animadora que
emerge do seu interior, sempre contagiando a todos, pela força com que defendem
as suas ideias.
É
preciso apresentar cada mensagem como se estivesse carregando uma bandeira no
campo de batalha. Vibrar a cada afirmação, envolver-se.
SÍNTESE – Dizer tudo que for preciso, somente o que for preciso, nada mais do que for
preciso. É uma tarefa difícil que precisa ser perseguida com obstinação. A
prolixidade é um fator de desgaste. A repetição é enfadonha e revela falta de
recursos intelectuais. Perceber o bom retorno das suas mensagens para não
exceder no reforço das argumentações. Muitas vezes é preciso tocar a campainha
interna para alertar que chegou o
momento de parar.
RITMO
– O ritmo é a musicalidade da fala e a colocação mais ou menos das vogais, a
pronúncia correta das palavras, a acentuação, a alternância da altura da voz, a
velocidade da articulação. É preciso aperfeiçoar o ritmo da fala dentro do
estilo de cada um, aproveitando a energia, o timbre, a sonoridade da voz.
Ninguém deve copiar ninguém, mas uma boa locução deve ser assimilada como
modelo, para adaptação do seu próprio ritmo.
O
conjunto harmonioso da pronúncia das palavras provoca reações imediatas. O
ritmo faz parte do estudo da voz. Assim, a voz determina a própria
personalidade de quem fala – alegre, triste, nervosa, apressada, segura, tímida,
etc. A primeira impressão destes comportamentos é transmitida pela voz. O
aparelho fonador, embora exista para fabricação da fala, é uma adaptação do
organismo e qualquer alteração de ordem física ou emocional será revelada pela
voz. Para que a voz adquira a qualidade desejada é preciso respirar
adequadamente.
Pode
existir falta de sincronismo fonorrespiratório que vem a prejudicar
sensivelmente a fabricação da voz. Algumas pessoas falam quando ainda estão
inspirando ou continuam a falar quando o ar já terminou.
A
DICÇÃO - Quanto à dicção, que é a
pronúncia dos sons das palavras, nota-se que a sua deficiência é quase sempre
provocadora de problemas de negligência
ou de fatores sócio-culturais. É costume quase generalizado de omitir o “r” e o
“s” nos finais das palavras, como por exemplo: “levá”, “trazê”, em vez de “levar” e “trazer”, assim como
“fizemo” no lugar de “fizemos” e no plural dos adjetivos ou substantivos, como
“as lagoa”, “os pato”. Além de não flexionar adequadamente os verbos: “os home
chegaro”. Omite-se comumente o “i” intermediário, como “intero”, “janero”, no
lugar de “inteiro” e “janeiro”. Há
outros erros de dicção provocados por regionalismos, como a troca do “l” pelo
“u”, como “Brasiu”, “carnavau” e “r”, como
“Cráudio”. Além disso, o regionalismo influencia fortemente a pronúncia do “r”
intermediário, como “forte”, “tarde”. Essas alterações incorretas de pronúncia
caracterizam geralmente a origem social e regional da pessoa que fala. Cada
povo com a sua língua.
EXPRESSIVIDADE
– Além desses aspectos é bom alertar para a expressividade dedicada às palavras
dentro da frase. Cada palavra possui uma ou mais sílabas mais importante e que
podem ser ressaltadas, sendo pronunciadas com mais destaque, segundo interesse
pessoal. A mensagem pode adquirir outra conotação. Surge a ênfase em palavras
cujo interesse deve ser valorizado. Exemplos:
-
Ontem, eu fui à escola de automóvel com meu irmão.
1ª.
ONTEM, eu fui à escola de automóvel com meu irmão.
2ª.
Ontem, eu fui À ESCOLA de automóvel com meu irmão.
3ª.
Ontem, eu fui à escola DE AUTOMÓVEL com meu irmão.
4ª.
Ontem, eu fui à escola de automóvel COM MEU IRMÃO.
VOCABULÁRIO
– O vocabulário corporifica e traduz as idéias. Pode ser deficiente e não
conseguir transmitir o pensamento corretamente ou, talvez, não encontre as
palavras adequadas. O vocabulário deve ser o mais vasto possível, embora melhor
do que se ter um vocabulário riquíssimo é saber usar o vocabulário que se tem.
O vocabulário ideal não é riquíssimo, sofisticado, como se tivesse sido
pesquisado nas profundezas do dicionário e, muito menos, pobre e vulgar. O
vocabulário rico é útil para se compreender tudo aquilo que as pessoas falam ou
escrevem, mas, nem sempre deve ser usado na expressão verbal, pois as pessoas
não estão interessadas em palavras difíceis.
Como
é que as pessoas poderiam ficar concentradas na mensagem se tiverem de
preocupar com o significado de cada uma das palavras?
EXPRESSÕES
EVITÁVEIS – Algumas expressões de uso comum podem ser evitadas na conversação
em família ou entre amigos. Há expressões não recomendáveis, para as
discordâncias normais que podem surgir. Trata-se da
DISCORDÂNCIA FRONTAL - Em princípio, uma discordância pode surgir a qualquer momento de uma conversa, mas não há necessidade de ser rechaçada com veemência imediata. Estas expressões podem ser evitadas socialmente: “discordo”, “discordo totalmente”, “sou contrário”, “você está errado”, “você está por fora”, “você está desatualizado”, “não”.
DISCORDÂNCIA FRONTAL - Em princípio, uma discordância pode surgir a qualquer momento de uma conversa, mas não há necessidade de ser rechaçada com veemência imediata. Estas expressões podem ser evitadas socialmente: “discordo”, “discordo totalmente”, “sou contrário”, “você está errado”, “você está por fora”, “você está desatualizado”, “não”.
Mesmo
que haja discordâncias, existem outros ângulos de visão para os mesmos fatos,
ou para a mesma questão. Existem também outras expressões menos agressivas para
demonstrar pontos de vista divergentes. Concordar com tudo também é difícil,
pois as verdades são muitas e cada um tem a sua. A polêmica reforça as teses.
Salve-se quem puder. As palavras são usadas para rir ou para chorar. Para ferir
ou para curar. Para trazer esperança ou para trazer desolação.
Qualquer
tolo pode fazer a sua regra de vida e se guiar por ela!
excelente
ResponderExcluirpassei a noite toda lendo seus trabalhos, gostei muito, deixa tudo claro de simples a entender
ResponderExcluirSeus comentários são excelentes.. fiquei a madrugada pesquisando lendo seus vasto trabalho de 7 partes. Ajudou bastante para concluir minhas escritas.
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