Cada povo ou nação tem os seus modelos, permanentes ou temporários, e por eles se miram. se comportam e se definem.
Richard W.Bandler, (1950, New Jersey, EUA) o criador da PNL (Programação Neurolinguística), iniciou suas pesquisas procurando padronizar uma metodologia para a modelagem. Posteriormente, associou-se ao professor de Linguística, John Grinder, (1940) para, juntos, encontrar e fundamentar a estrutura básica da própria PNL. A modelagem foi, por assim dizer, o ponto de referência e de partida.
INTRODUÇÃO
O ser humano, querendo ou não, consciente ou inconscientemente, está sempre a cata de modelos. Com isso, a modelagem inicia-se no leite materno. Segundo Freud, a estrutura da personalidade do ser humano está formada até os três anos de idade. Seria como se fosse o alicerce de uma casa. Daí pra frente, as condições socioculturais vão dar sequência àquilo que ele estabeleceu em sua planta de casa. Palacete ou choupana. Tudo vai depender dos modelos que ele encontrar no seu desenvolvimento: encontrar, aceitar, admirar, incorporar e entronizar.
Assim, ninguém deixa de ter um modelo na sua passagem de criança a adulto. Do herói ao anti-herói. Ou melhor, qualquer vilão pode ser um herói, um modelo, para um outro ser humano. Vai admirá-lo e entronizá-lo nos conceitos, princípios e comportamentos.
Em situações de desenvolvimento, a criança passa a admirar os pais e a confiar neles. Identifica, reconhece e aceita a sua condição social e financeira. Nesse processo, passa a valorizar com mais admiração o pai ou a mãe. Modelando sempre.
NA SOCIEDADE
O teatro da vida abre suas cortinas para o público em geral e cada pessoa admira o comportamento, os princípios e valores de algum ator ou atriz. Julga: condena ou absolve. De qualquer maneira, está chamuscado por alguma tintura. Seus modelos interiores falam mais alto nos julgamentos. Não há escapatória. O tribunal interno está em pleno funcionamento dia e noite. Esse tribunal é inevitável. Assim ocorre em termos de religião, política ou esporte, etc. Modelagem ao vivo.
MODELAGEM INTENCIONAL
Este tipo de modelagem vai surgir em função de interesses pessoais. Modelar uma pessoa de sucesso, de alto conceito intelectual ou físico tem as suas barreiras e limitações. Pode-se modelar o terapeuta, Lair Ribeiro, em vários segmentos ou atitudes. O tom de voz, o modo de vestir, a gesticulação, as expressões faciais, o modo de andar, a finesse no tratamento interpessoal, o brilho dos olhos, etc. Mas o conteúdo de suas palestras? Isso é outro lado da medalha. A experiência profissional, a formação em medicina, os estudos e o sucesso na vida afetiva e profissional não está no jogo. Se tal modelo está livre, o modelador teria que se graduar em medicina, exercer a profissão e depois, julgar-se semelhante a Lair Ribeiro. Semelhante ou parecido. Nunca igual. Um jogador de futebol pode modelar o famoso Pelé, podendo alcançar até melhores resultados do que o próprio mestre. Assim evolui a humanidade. Antes de tudo, surge a admiração.
TÉCNICAS DE MODELAGEM
Para a realização da modelagem intencional seguem-se técnicas que a PNL preconiza, baseando na sistematização de Richard Bandler e John Grinder. Organizaram fases de observação integral ao modelo. Foram sistematizadas as técnicas de CALIBRAÇÃO e de ESPELHAMENTO, em decorrência. Detectaram, ainda, formas de comunicação verbal para o sucesso das atividades profissionais, terapia gestalt e terapias breves, fobias etc. Nessas pesquisas, não se referem à Semiótica em suas linhas conceituais, mas chegaram a pontos muito próximos. Valorizaram a linguagem, antes mesmo que linguística, que é apenas uma vertente da Semiótica. Na modelagem, tudo fala. A linguagem, a voz, o tom de voz, finalmente, a própria fonética. Tudo produz indícios, que os alfabetizados atentos e focados conseguem ler ou decodificar. Por isso mesmo, a modelagem é a própria vida. Cada povo, em sua nação, escolhe seus modelos, mitos, heróis, ícones e símbolos, permanentes ou temporários e, por eles, se miram, se comportam e se definem. De Jesus a Judas.
Obs. As informações e as interpretações não podem se restringir a um círculo de giz (*). A extrapolação é a abrangência e a elasticidade do conhecimento. Na campimetria visual, dimensiona-se a extensão da percepção. Há espelhos para todos se mirarem.
(*) circulo de giz – um método de abate do peru que era utilizado no interior Brasil, onde a ave ficava embriagada e presa num circulo desenhado no chão.
Referências
Apostilas do curso de Master em PNL do professor Walter di Biasi
BOONE.R.Daniel. Sua voz está traindo você? Editora artes médicas sul ltda.Porto Alegre, 1991.
muito bom.. fácil entendimento
ResponderExcluiraproveitando que hj é é dia das bruxas, vou me modelar numa fada. quem sabe consigo ser admirada.
ResponderExcluirparece mais inveja.. querer o que o outro tem ou é.
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