“Você sem ti” “Tu sem você!” Se “você” vier, não venha acompanhado. Se “tu” vieres, venhas sozinho! Se vierdes juntos, eu não deixo entrar. Não quero confusão na minha casa.
Esta
recomendação já foi lançada aos quatro ventos no meu discurso universal e, no
meu canto sublimado, sempre exijo nepotismo gramatical. Cada qual fica com a
sua família, protege-a, faz as suas concordâncias, acerta as suas quantidades.
Assim também, define as suas variações de sexo. Eu disse variações? Melhor
diria, indicações de gênero. Não se trata de crime de racismo nem de
preconceito. Trata-se de organização étnica, de princípios. Nada contra “você.”
Nada contra “tu”. Cada um deve viver dentro do seu território e deve impor
ordem na sua descendência, na sua família, na sua estirpe, na sua raça.
Evitam-se misturas degradantes, inconsequentes, condenáveis. Abomino a salada pronominal! Sempre me
propugnei também por manter a eufonia para as declarações verbais, além do
ritmo e da cadência militar para os versos.
Além disso, para enfatizar as minhas
recomendações, os verbos devem ser desdobrados para o acompanhamento integral
ao sujeito, qualquer que seja ele. Não me preocupo em levantar as qualificações
morais do sujeito. Os verbos devem ser submissos a ele e flexionar como esse
sujeito ordenar, O sujeito é um comandante autoritário, ditatorial,
irreverente. Os verbos são seus escravos e dançam no ritmo da música que ele
tocar.

Mas,
se “você” resolver aparecer, venha bem acompanhado de seus familiares, seus
tios, avós, netos e, sobretudo, dos seus sobrinhos em quantidade. Se “você” for
divorciado, traga também a ex-esposa. Enteados? Nada contra. Nepotismo vale
tudo!
Assim, cada um puxa a brasa
pra sua sardinha! Certo?
Amado irmão e melhor amigo Rogério,como sempre, mais um texto de uma pertinência absoluta, clareza indiscutível e didática irretocável. E eu, também como sempre, concordo em gênero número e grau. Parabéns. AVANTI!!!
ResponderExcluirEM TEMPO: gênero, número e grau
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