Há sempre um leve sorriso pela desgrça das pessoas que invejamos. (Framziska Baumgarten (1889 – 1970)
Um cego que vivia junto ao templo de “Bankei”, um mestre de Zen, na China, disse a um amigo:
“Desde quando fiquei cego, não posso mais observar o rosto das pessoas e, então, devo procurar entender o caráter delas pelo tom de suas vozes.
No mais das vezes, quando ouço alguém se congratulando com outros pela sua felicidade ou pelo seu sucesso, percebo também uma secreta ponta de inveja.
Por outro lado, quando alguém está expressando o seu pesar pela desgraça dos outros, percebo também uma ponta de prazer ou de satisfação, como se estivesse, na realidade, um pouco contente.
A voz de Bankei, entretanto, desde a primeira vez que a ouvi, foi sempre sincera. Quando ele expressava a felicidade, nunca senti nada que não fosse a felicidade, e quando exprimia dor, essa dor era o único sentimento que eu percebia.”
Tradução e adaptação
101 storie Zen
Niogen Senzaki e Paul Reps
Adelphi Edizioni
1973 – Milano – Itália
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