sábado, 1 de março de 2014

LEVAR VANTAGEM EM TUDO

Quem não quer? Quem não quis? Quem deixará de querer?
Não se trata de nenhuma jogada de comentarista de futebol. É um dos pressupostos da Programação Neurolinguística, que pode ser enunciado da seguinte forma:
“Nas escolhas, o ser humano opta, deterministicamente, pelas melhores.”
Muito claro e muito lógico. Uma pessoa qualquer, em qualquer parte do mundo, vai deixar de escolher para si algo que não seja de seu agrado imediato? Para ele devem vir sempre as melhores escolhas.
Regra sem exceção.
Uma pessoa qualquer, que esteja num restaurante tipo “self-service”, vai colocando em seu prato alimentos que sejam de seu gosto e do seu paladar. Além disso, no final, vai pagar por eles. Então, melhor será mesmo que ele escolha tudo que seja de seu interesse imediato. Uma satisfação pessoal. Um prêmio às suas preferências gustativas.
Isto não é verdade? Alguém iria fazer o contrário?
Assim pela vida em continuidade, alguém convidaria à sua casa pessoas de quem não gostasse? Aumentar o seu desconforto?
Nunca.
Diminuir o sofrimento e aumentar o prazer é uma das metas universais. 
Alguém pode lutar contra isso?
Em consequência, depara-se com outro pressuposto, bem correlato:
“Todo comportamento, por mais bizarro e inconsequente que possa parecer, traz para o agente alguma forma de ganho secundário.”
Surge então outro fator intrínseco em todo o desenvolvimento humano: “ganho secundário.” 
Isto mesmo! Ganho secundário!
Sem ganho secundário ninguém levanta uma palha do chão.
Pode parecer estranho.
Completando: ninguém toma atitudes e decisões sem pensar nos resultados, por mais distantes, estranhos e bizarros que possam parecer para os demais. Visa um ganho secundário.
Num caso extremo, de desespero total, quando uma pessoa resolve acabar com a sua própria vida, surge o espectro do ganho secundário, vislumbrando-se como se fosse a melhor situação para ele, naquele momento.
Se não for a melhor opção, ele desistirá.
A melhor decisão. Uma dívida impagável, um casamento desfeito, um noivado rompido. Seu credor nunca receberia essa dívida. Sua ex-esposa iria passar fome. Sua ex-noiva iria chorar por ele.
Fantasias e mais fantasias! Ninguém prende a imaginação humana, que dispara sem rumo, sem destino, sem limites.
Eis a decisão fatal. Para ele, era a melhor opção naquele momento.
A melhor situação. E ganharia com ela. Seu suposto ganho secundário.
Entretanto, em casos mais simples e corriqueiros do desenvolvimento da humanidade, o ganho secundário vive e revive a cada instante. Se, ao cumprimentar uma pessoa com um simples “bom-dia!” e não houver um retorno imediato, no mesmo tom, surge uma decepção, porque era aguardado um ganho secundário, uma resposta. Em outro encontro com essa pessoa, ela não oferecerá mais um cumprimento cordial e afetivo, como o ocorrido na primeira vez.
O “ganho secundário” é uma coisa séria e de grande relevância nos relacionamentos.
Também os ratinhos, na gaiola do pesquisador, colocam a boca num pedal para ganhar uma pequena ração. E repetem. E repetem. Se não vier a ração, eles desistem do esforço e desistem da tentativa.
Como foi dito, os seres podem viver, durante toda uma existência, dentro desses conceitos de plena normalidade de comportamentos.

2 comentários:

  1. Muito interessante o artigo. Lúcido em um mundo que anda muito hipnotizado. O tal "jeitinho brasileiro", modestamente vejo como criatividade... a tal de lei do Jérson, sempre me pareceu universal, como vc coloca e inclusive fala das consequências... muio bom !

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  2. Ninguém quer perder, dividir, ser empático todo mundo quer só ganhar. Este é o problema da sociedade, nossa política está causando náuseas. Lembrei da rixa enquanto lia seu texto.

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