São ações que falam por si – e falam alto – utilizando
formas agressivas de expressão.

Os vândalos andam
livremente soltos pela sociedade afora. Identificá-los todos? Seria jogar
combustível no fogo.
Por outro lado,
esses vagabundos que não trabalham, não produzem e nem querem se educar estão
também livres pela sociedade afora. Há de se questionar as fontes do vandalismo
implícito. Cada povo analisa as pressões inculcadas na sociedade e procura se
manifestar. O povo quer ir ao paraíso e procura saber de tudo. Os tempos
mudaram, os tempos são outros. Esse povo, hoje, pela mídia, fica por dentro de
tudo que se passa, mesmo nas altas esferas. E reage. Cada pessoa tem o poder de
julgar e até mesmo de condenar, ações das próprias autoridades constituídas.
“Não julgueis para não serdes julgados!” – Expressão perdida no tempo e no
espaço pela sua inconsistência psicológica diante do poder do ser humano.
Julgam-se, hora a hora, qualquer pessoa pelo seu modo de andar, pelo penteado,
pelas suas expressões faciais, pelo olhar, pelo sorriso, pelos gestos das mãos
e, principalmente, pelas ações, num átimo. Surgem aplausos, surgem reações nos
protestos.

Cuidado com o erro
de diagnóstico na interpretação dessas ações porque elas são de revide. As
reações em cascata podem ser mais violentas ainda, em pleno vandalismo
explícito e consciente.
Ah! Vandalismo
explícito? Ele não tem pudor por não esconder a sua cara. Torna-se, também,
elemento provocador, como adversário em times opostos, jogando o mesmo jogo. De
um lado, pedras, pau, estilingue, martelo, quebra-quebra, bolas de gude e a
turba insana. Do outro, cassetetes, tiros com balas de borracha, de efeito moral
e mesmo, tiros reais e mortíferos. Contendores em desigualdade de condições.
Sim! Mas qual é o elemento provocador? O Estado ausente, a corrupção, a
desonestidade, a disparidade de salários de máximo e mínimo, a dura legislação
em cima do povo, os impostos, as multas. Ah! As multas! Nem Jesus Cristo
aguentou e reagiu.
Essas
interpretações e esse julgamento ficam arquivados e se escondem no inconsciente
de cada um, para brotar, repentinamente, em situações e lugares impensáveis,
nas mais diversas formas de expressão.

E cada um desses vândalos
ou desses terroristas pensa de forma diversa e se expressa, não com palavras,
mas com ações de violência, porque é o recurso que dispõe. Entretanto, existem
outras tantas maneiras de protestar e de se comunicar.