No rosto, a alma das pessoas. O
movimento dos músculos da face refletem o inconsciente. Desde o piscar dos
olhos. A alegria e a tristeza. O rosto fala. As expressões faciais denunciam as
emoções.
Quantos
décimos de centésimos de segundo uma pessoa leva para reconhecer um rosto? Se a
imagem desse rosto estiver armazenada no
seu cérebro, a imagem é imediatamente acessada.
Pode
haver uma resposta negativa. A fisionomia humana altera a cada dia e a cada
época da vida. Algumas imagens são deletadas, mas podem ser recuperadas. Tudo
isso, sem palavras, pois quando as
pesquisas preveem que as palavras sejam apenas 7% da comunicação, muitos
se admiram. As palavras são importantes e confirmam um pensamento, assim como a
gesticulação, o vestuário e até mesmo os
adornos e a maquiagem. Representam símbolo, ícones ou indícios. Existem
analfabetos para a leitura da natureza.
Agora,
a Semiótica encontrou mais uma confirmação de uma vertente de sua abrangência, mediante
recente pesquisa realizada. Em
texto publicado pela revista
científica, Cell Press, pesquisadores dos EUA quebraram o código do
reconhecimento facial feito com primatas.
Todas
as imagens das fisionomias ficam localizadas no córtex temporal inferior e
receberam o nome de “ patches.”
Pode-se
potencialmente reconhecer seis bilhões de pessoas, mas não se têm 6 bilhões de
células da face no córtex temporal inferior. Tinha que haver uma outra
solução, como detalhou Doris Tsao,
professora de Biologia do California Institute of Technology – Passadena, EUA.
As
pessoas sempre dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras. Poderia mais
dizer a imagem de um rosto vale cerca de 200 neurônios, pois foi quebrado o
código do reconhecimento facial.
A
pesquisadora exemplificou como a descoberta pode ser usada na ciência. Uma
consequência prática dos resultados é que, agora, pode-se reconstruir o rosto
que um macaco que está vendo,
monitorando-se atividade elétrica de somente 205 neurônios do cérebro
dele. Pode-se imaginar também aplicações na área policial ou jurídica, quando
consegue-se reconstruir o rosto de uma pessoa, analisando-se a atividade
cerebral de uma testemunha.
Cell Press, The code for facial identity in the
primate brain. Doris Tsao and Roger Tootell Vol 169, issue 6. P1013 – 1028 –
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