Recompensa e garantia de qualidade conferidas ao autor
e à sua obra literária
Há
prêmios literários disponíveis pelo país afora. Mediante concursos, voam no
espaço da internet, como meio de divulgação. Tantas academias de letras, tantas
escolas, tantas administrações públicas embarcam nessa jornada. Todos dizem que
o objetivo é incentivar a produção de textos literários. Outros há que dizem
que estão promovendo esses movimentos, procurando ajudar a revelar escritores.
Vale também como incentivo à leitura. Isso vale, mesmo considerando que mais da
metade da população brasileira não vai muito além de analfabetos funcionais.
Assim, produzir qualquer coisa que seja, seria uma porta aberta ao
desenvolvimento cultural.
Tudo
é válido, quando o pensamento, as ações e as intenções forem bem dirigidas. Com
isso, estão incentivando a produção literária com a objetividade propugnada.
Propugnando estão o surgimento de novos autores, já que os atuais não têm
conseguido também fazer nenhum rugido além das fronteiras. Nem os autores
amadores nem os profissionais. Exceto Paulo Coelho.
A
reduzida repercussão literária dos autores nacionais não vai, pois, além das
fronteiras. Este fato é constatado pelas listagens dos melhores livros editados
no mundo, segundo diversas fontes. Em nenhuma delas há referência de algum
livro ou de algum autor brasileiro. Isto significa que não há nenhum autor
nacional digno de figurar entre as obras de vulto do cenário mundial da
literatura? Várias justificativas vêm à tona. Mesmo assim, um pouco de verdade
deve persistir.
Geralmente,
nesses concursos abertos a cada dia, há um concorrente que deverá ser premiado
e 99% deles deverão ficar frustrados, ao final do processo. Alguns desses
concursos chegam a milhares de concorrentes. Milhares de frustrados, em
consequência, tendo em vista que todos imaginam que seus textos mereceriam os
troféus imaginados.
De
outra forma, os juízes – pessoas que analisam e julgam os textos nos concursos
– podem não dispor de tempo suficiente para a tarefa na sua extensão, porque o
trabalho exige muito esforço e capacidade cultural específica. Fica a dúvida
quanto aos resultados que poderão advir com essa promoção.
Finalmente,
que fazer com 99% dos textos não premiados dos concorrentes eliminados?
Devolver? Nem pensar. Impossível. Portanto, seguem para o lixo. São tantas
fantasias de concorrentes destinadas ao lixo.
Eis
a questão. Melhorou em alguma coisa a cultura literária do país com todo esse
empenho? Em confrontação, nenhum escritor brasileiro alcançou ainda o prêmio
maior da literatura universal: O PRÊMIO NOBEL.
PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA
Este
prêmio foi intituído em 1901, na Suécia,
e é conferido a um escritor de qualquer nacionalidade, uma vez por ano, embora
não tenha sido concedido nos anos de 1940 a 1943. Foi instituído pelo sueco,
Alfred Nobel, para distinção ao trabalho literário mais significativo,
produzido em direção ideal. Significa uma obra inteira desse escritor, seus
principais livros, sua mentalidade, seu estilo, sua filosofia, sem distinguir
obra em particular.
A
Academia Sueca é quem escolhe esse escritor e o anuncia no começo do mês de
outubro de cada ano. Este é o maior e mais distinto prêmio que um escritor pode
almejar dentro do ramo da literatura.
E
nenhum escritor brasileiro chegou lá.
O
primeiro escritor premiado pelo Prêmio Nobel de Literatura foi o francês Sully Prudhomme, em 1901, em
reconhecimento à sua composição poética de idealismo elevado, da perfeição
artística e das qualidades do coração e do intelecto. Depois dele, outros 109
escritores foram laureados com esse prêmio.
A
América Latina foi contemplada por cinco vezes. O primeiro prêmio foi concedido
em 1945 a Gabriela Mistral (1889 – 1960) Chile; depois, em 1967, a Miguel Angel
Asturias (1899 – 1974) Guatemala; em continuidade, em 1971, a Pablo Neruda
(1904 – 1973) Chile; em seguida, em 1982, a Gabriel Garcia Marquez (1927 –
2014) Colômbia; finalmente, em 2010, a Mario Vargas Llosa (1936) Peru.
Em
língua portuguesa, em 1998, apenas José Saramago (1922 – 2010) Portugal foi
agraciado com esse prêmio.
Como
se vê, o Brasil ainda não subiu ao pódio literário na Suécia, embora haja 194
academias de letras em funcionamento no país. Além dessas academias, há
associações, instituições e agremiações que têm por objeto os estudos e a
produção literária. Além disso, uma população de mais de duzentos milhões de
habitantes é configurada por possuir representantes literários ainda não
considerados dignos de receber essa láurea. Há de ser reconhecer.
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