terça-feira, 21 de maio de 2013

SEMIÓTICA ll – COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL


Não há escapatória:

  • As pessoas são analisadas pelo que fazem
  • E também pelo que não fazem.
  • São analisadas pelo que falam
  • E também pelo que não falam.

Em ambos os casos, elas são também julgadas e até mesmo, muitas vezes, até condenadas. Esse possível fenômeno é extensivo para todos os seres humanos deste planeta Terra. Parece exagero?

Pois veja:

As palavras são apenas 7% da comunicação. Parece pouco, mas observe o efeito do sal na alimentação.
38% da comunicação interpessoal surgem pelo tom de voz, pela velocidade da fala e pela articulação das palavras.
55% finalmente, são representados pela fisiologia, ou melhor, pelo corpo que fala – a aparência geral, a idade, a origem étnica, as vestimentas, o cabelo/penteado, as expressões faciais – tudo fala alto e influencia a percepção imediata da comunicação.


DIÁLOGO INTERNO

E esse diálogo interno? Com quem as pessoas mais conversam durante toda a sua existência?
Consigo mesmas, pelo impertinente e intermitente diálogo interno. Impossível é afastar essas vozes internas que permeiam o pensamento dos seres humanos – acordados ou mesmo dormindo. As ideias fluem e se debatem. Quem seria o vencedor desse debate interno? Quanto mais o debate se estende maior será a indecisão. Há, pois, a necessidade ecológica de ajustamento para as concordâncias e os acordos também internos.
Há pessoas que debatem mais do que outras. Assim, pode-se dizer que têm um diálogo interno grande ou forte. Pensam demais e agem de menos.
Entretanto, há também pessoas que têm esse diálogo interno pequeno, fraco ou simplesmente, menor. Logo, pensam menos e tomam decisões mais rapidamente. Muitas vezes, até precipitadamente. Mesmo assim, têm mais capacidade de ação.
Exemplificando, veja o caso de Hamlet de Shakespeare e de Dom Quixote, de Cervantes.
Hamlet, de tanto dialogar consigo mesmo, nunca chegou a assumir o trono da Dinamarca, como teria por direito pela morte do rei, seu pai, também de nome Hamlet. “To be or not to be” era assim o seu pensamento constante. Indecisão. Dúvida.
Já Dom Quixote agia sempre precipitadamente. Numa oportunidade, mediante uma turbulência inusitada que se percebia pela estrada, ele começou a atirar nesse suposto inimigo. Eis quando foi advertido pelo seu escudeiro, Sancho Pansa: “Calma, Dom Quixote! Esse barulho todo é de uma banda de música que vem tocar na festa do seu aniversário.” E Dom Quixote lamenta: “Ai, Diós, já matei três!”
A literatura contribui com esses modelos. Pensar é preciso. Navegar também o é.


3 comentários:

  1. Parabens Rogerio,

    Agora ficou explicado porque a comunicacao atraves da escrita nao eh facil! Nos que padecemos do mal de escrever somos muito menos ouvidos que qualquer palhaco. No mal sentido mesmo! Nao o artista nosso colega. Mas aqueles que se exibem nos palcos das campanhas eleitorais e sabem fazer tregeitos e caras que fazem o povo crer que falam serio. E, para garantir sua permanencia, deixam de lado a educacao do povo. Assim eles sempre ganham e nos perdemos o nosso publico.

    Abracos, do seu primo: Valquirio.

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  2. Ótimo comentário. Sou destes que pensam muito e age pouco

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  3. Sensação de passar um ótimo tempo enquanto aprendo tudo isto. É como o poder da magia. A Metafisica, revelar o geno da pessoa.

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